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Entrevista com Mônica Beatriz

Neste mês de março a edição Através do Tempo completou dois anos. Hoje temos o prazer de entrevistar uma das autoras que fizeram parte dessa edição tão querida, a escritora Mônica Beatriz, que participou com o conto Museu extratemporal da humanidade.

Seja bem-vinda à Maçã, Mônica! Conte um pouco sobre você.

MB: Meu nome é Mônica. Eu trabalho no mercado editorial, então já tive crises sérias sobre palavras que não tinha certeza se deviam começar com maiúscula. Gosto de saber um pouco sobre um monte de coisas diferentes e, num dia normal, sou feita de 40% chá e 60% palavras.

MdA: O que você mais gosta de escrever? Conte um pouco sobre o que você acredita ser sua característica literária.

MB: Eu gosto de escrever sobre pessoas reagindo a coisas. Por causa disso, frequentemente acabo no lado da fantasia e do absurdo, que me deixa brincar com reações maiores e mais inesperadas, mas também gosto muito de histórias com conceitos simples, de mundo real, com dois personagens girando um em torno do outro e os sentimentos e ações que surgem disso.

MdA: Conte um pouco sobre a sua rotina de escrita.

MB: Depois de um período longo de bloqueio criativo, estou reconstruindo minha rotina de escrita participando de um projeto que todo mês fornece um prompt, um número de palavras e um prazo para você escrever um conto (chama 12 Short Stories). Fora isso, faz 14 anos que sempre ando com algum caderno para anotar ideias, trechos de conversas alheias… é clichê, mas não é à toa.
E, mais do que uma rotina, uma tradição: todo mês de outubro eu escrevo um miniconto por dia.

MdA: Como você conheceu a Maçã do Amor? Como foi sua experiência com a Maçã do Amor?

MB: Uma chamada em um site de divulgação de seleções literárias.
A experiência da edição do texto foi muito boa. Passamos por todas as etapas sem pressa, e a equipe foi muito compreensiva em me dar abertura para fazer alterações no conto antes do envio para a revisão, pelo que sou muito grata, porque permitiu que o conto ficasse melhor e mais respeitoso de quem representa. E a revista ficou linda.

MdA: Por que você decidiu participar do tema Através do Tempo? Qual é a sua relação com o tema?

MB: O tema se presta a muitas histórias diferentes. Eu sabia que podia ir para ficção científica, para fantasia mais tradicional, para romance histórico, enfim, o que quer que desse vontade. E gosto muito da série Doctor Who, que faz coisas muito interessantes com viagem no tempo (fica a recomendação para quem quiser entrar em um buraco de minhoca com efeitos visuais duvidosos).

MdA: Você pode nos contar um pouco sobre a ideia e a concepção do conto Museu extratemporal da humanidade?

MB: Fiquei digerindo minhas opções por um tempão antes de começar a escrever, e, depois de decidir que queria viagem no tempo como premissa, demorei ainda mais criando os conceitos do conto.
Acabei com a ideia de uma instituição burocrática de viajantes no tempo (que, convenhamos, não é novidade), mas achei que teria mais graça se, em vez de policiais temporais, fosse um lugar cheio de nerds obcecados por história, querendo catalogar e registrar tudo o que já aconteceu. Não queria que o casal principal fosse composto por alguém que viajava no tempo e uma pessoa comum, porque me parecia familiar demais, então decidi que os dois seriam parte da instituição.
Não tenho certeza se eu tinha mapeado os detalhes antes de começar a escrever ou se fui inventando conforme fazia. Minhas memórias mais marcantes do processo são começar a escrever lá pelas 19h do dia do prazo, terminar um pouco depois da meia-noite e enviar a submissão torcendo para não ser desclassificada.

MdA: Que sorte que você deu! Na época apenas fechávamos o edital na manhã do dia seguinte, nosso controle de horário só veio no edital subsequente. Aos nossos leitores, não façam isso! Mas, continuando… Quais dicas você daria para quem quer ser publicado na MdA?

MB: Examinar várias opções dentro do tema do edital antes de escolher uma. Não deixar para escrever o conto inteiro poucas horas antes do prazo. (Também evitar responder à entrevista sobre o conto no dia da entrega. Faça o que eu digo, não faça o que eu faço.) Enviar o conto no prazo!

MdA: Acho que podemos entrar em um consenso que escritores adoram viver na pressão do prazo. Por último, onde podemos encontrar mais sobre você e seus escritos?

MB: Por enquanto, todas as minhas publicações estão organizadas em um Docs, mas em breve vou fazer um site para isso. Sou pouquíssimo ativa em redes sociais, mas você pode pedir para me seguir no Instagram (@can_you_imagine). É só avisar que me encontrou pela Maçã do Amor.


Ainda não leu a Edição #6: Através do Tempo? Confira aqui!

Gostou da entrevista? Conheça mais da obra de Mônica Beatriz em suas redes sociais!


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