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Entrevista com Laura Ribeiro

Oi, leitores da Maçã!

Nesse mês de junho, decidimos revisitar uma de nossas primeiras edições, publicada lá em 2021, a nossa amada edição Festa Junina. Hoje temos o prazer de entrevistar uma das autoras que fizeram a nossa terceira edição uma das mais amadas, a escritora Laura Ribeiro, que participou com o conto Pois essa fogueira já queimou o meu amor.

Seja bem-vinda à Maçã, Laura!

LR: Olá, pessoal da Maçã do Amor! Antes de tudo, obrigada pelo convite e pelo carinho mesmo após tanto tempo de publicação 😊 Foi um longo caminho desde a terceira edição da revista, mas fico muito feliz de ver o quanto vocês cresceram e continuam a crescer (e como o projeto gráfico da MdA continua impecável!).

MdA: Nós que agrademos por sua participação (e o seu conto de aquecer o coração) e por ter aceitado nos conceder mais um pouco do seu tempo com essa entrevista. Primeiramente, conte-nos um pouco sobre você.

LR: Sou mineira de Belo Horizonte e convivo com duas calopsitas agentes do caos. Sou mestranda em Literaturas de Língua Inglesa pela UFMG e pesquiso personagens femininas nas comédias de Shakespeare. Fora da faculdade minhas leituras demandam um tanto de romance e fantasia em enredos que deixem o coração quentinho. Participei da terceira edição da Maçã do Amor com um conto junino, e de lá para cá foi uma longa jornada!

MdA: O que você mais gosta de escrever? O que você acredita ser sua característica literária.

LR: Apesar de ler bastante romance água-com-açúcar, o que eu gosto mesmo de escrever é ação e aventura com uma pitadinha de cyberpunk. Gosto de pensar em universos (ainda mais) degradados pela ganância e de ver meus personagens buscando soluções em meio aos seus pesadelos.

MdA: Como é a sua rotina de escrita?

LR: Eu gosto de reservar um tempinho durante a noite para escrever, ler e revisar o que eu já tenho. Costumo sentar para escrever depois que todos já foram dormir e ligo um sonzinho de chuva ou ambiente de biblioteca para me concentrar. Eu tento separar pelo menos dois dias da semana para essa escrita mais atenta, mas quando estou muito ansiosa com uma história escrevo no celular mesmo, aproveitando as pausas da rotina para adicionar qualquer detalhe num app de notas.

MdA: Você pode nos contar um pouco sobre a ideia e a concepção do conto Pois essa fogueira já queimou o meu amor?

LR: Quando vi a chamada da Maçã do Amor com o tema de romance junino eu fiquei empolgadíssima! Primeiro, porque festa junina é um tema bastante próximo (e muitíssimo aguardado!) que eu jamais havia considerado em literatura, segundo, porque já estava desembolando há algumas semanas um continho romântico com Flor e Gabriela, as protagonistas de “Pois essa fogueira já queimou o meu amor”, mas ainda não havia me decidido sobre o cenário. Escrever em um ambiente de quermesse foi completamente fora de minha zona de conforto, mas confesso que me diverti bastante com os cheiros, cores e sons da festa.
O processo de escrita, como costuma acontecer com quase todos os meus textos, começa pelo meio. A cena da dança das personagens foi minha primeira ideia, e daí expandi para trás, e depois, para frente. Construir um texto é sempre trabalhar com uma longa colcha de retalhos, e o que pesa mesmo é tornar essas costuras leves, quase invisíveis para quem está lendo.

MdA: Qual o seu gênero literário favorito como leitora?

LR: Fantasia romântica definitivamente está em primeiro lugar no meu coração!

MdA: Quais suas próximas metas na carreira de escritor(a)?

LR: Estou trabalhando em um romance de fantasia mais longo já tem algum tempo. Espero avançar mais nele e, com a graça do universo, publicar nos próximos anos! Além desse trabalho (que provavelmente vai se estender…), espero poder lançar mais contos em universos cyberpunk tão logo, haha.

MdA: Você costuma trabalhar com leitores beta?

LR: Eu costumo enviar para amigos já acostumados com o tipo de literatura que escrevo e coleto deles as impressões do texto! Essa etapa é muitíssimo importante, não é? Ela nos transporta um pouco para fora do texto e permite que o vejamos de outro ângulo. Para mim, é um dos processos que mais enriquece a escrita.

MdA: Qual é a sua maior conquista como escritora?

LR: Acho que a conquista que sempre me emociona é ouvir um “li seu texto, adorei as personagens!”. Acima de qualquer publicação, participação em evento, prêmio etc., saber que alguém leu e aproveitou seu texto é definitivamente o melhor sentimento.

MdA: Como você conheceu a Maçã do Amor? Como foi sua experiência com a revista?

LR: Foi por acaso! Eu vi a chamada sendo compartilhada nas redes sociais e decidi experimentar. A experiência foi ótima! As meninas foram gentis do começo ao fim, e todo o processo foi super tranquilo. Passamos pela revisão com muita sugestão que sei que ajudou a polir o texto e a edição… gente, a edição gráfica da Maçã do Amor é impecável!

MdA: Por último, quais dicas você daria para quem quer ser publicado na Maçã do Amor?

LR: A primeira dica é: leia o edital. A segunda é: leia os contos já publicados. Para além disso, para além de entender a proposta da revista, a linha editorial, a chamada daquela temporada, é importante se divertir com o texto e experimentar. Acho que quando você faz um texto e se orgulha dele fica mais fácil de todo mundo também admirá-lo.


Ainda não leu a Edição #3 – Festa Junina? Confira aqui!


Gostou da entrevista? Conheça mais da obra de Laura Ribeiro em suas redes sociais!


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