Quando falamos em clichês, muitas histórias podem vir à mente. Porque é isto que eles são: histórias que já ouvimos antes. À primeira vista, pode parecer repetitivo, mas a verdade é que certos clichês são como músicas antigas, e não importa quantas vezes as escutemos, elas continuam despertando algo dentro de nós.
O motivo é simples, mas poderoso: esses clichês falam sobre sentimentos universais. Quando bem explorados, não são cansativos. Muito pelo contrário! Podem nos emocionar, confortar e até renovar nossa fé no amor.
Neste artigo, celebramos 6 clichês do romance que nós amamos (e não cansamos de ler).
- Triângulo amoroso: quando amar mais de uma pessoa complica tudo
A estrutura de triângulo amoroso é um dos pilares das histórias de amor. Ele coloca os personagens diante de desejos conflitantes, dilemas morais e escolhas dolorosas.
Para ser abordado com profundidade, mais do que simplesmente escolher entre duas pessoas, o personagem precisa explorar sua própria identidade, seus desejos e prioridades, lidando assim com as consequências de suas escolhas.
E nós, leitores, ficamos shippando as possibilidades de casais e torcendo para que o protagonista escolha um ou outro.
Alguns exemplos: Crepúsculo, de Stephenie Meyer e Jogos Vorazes, de Suzanne Collins.
- Opostos que se atraem: diferenças que criam faíscas
Ela é organizada, ele é um espírito livre. Ele é cético, ela é um furacão de emoções. Os opostos que se atraem nos mostram que o amor não tem regras, tampouco exige semelhanças. O que ele pede é compreensão, respeito e admiração pelas diferenças.
Muitos romances exploram essa dinâmica com um toque de humor, mostrando como até os corações mais durões podem se render. Essas histórias nos ensinam que, mesmo diferentes, podemos aprender a respeitar o espaço e o ritmo do outro. Podemos crescer juntos.
Alguns exemplos: Orgulho e Preconceito, de Jane Austen e A Hipótese do Amor, de Ali Hazelwood.
- Inimigos a amantes: da raiva ao amor, uma linha muito tênue
O famoso enemies to lovers, aquele clichê que todo mundo ama! Não tem nada mais delicioso do que ver dois personagens que “não se suportam” perceberem, aos poucos, que por trás das farpas existe uma forte atração.
Muitas vezes, suas brigas escondem inseguranças, e os personagens caminham em direção à vulnerabilidade e à abertura emocional. A tensão, os embates, o orgulho: tudo vira combustível para um romance explosivo e irresistível.
Alguns exemplos: O Visconde que me Amava, de Julia Quinn, e Como Eu Era Antes de Você, de Jojo Moyes.
- Reencontros: amores que nem o tempo consegue apagar
Adoramos acreditar que o amor verdadeiro resiste a tudo, inclusive ao tempo. Reencontros trazem a promessa de que, mesmo após caminhos separados e corações feridos, o sentimento permanece.
Ela vai para a cidade grande estudar, mas volta para visitar a família no Natal e reencontra o seu primeiro amor. Eles não se veem desde os tempos do colégio, mas basta uma troca de olhares para reacender uma chama que, na verdade, nunca se apagou.
Reencontros não precisam ser perfeitos. Muitas vezes vêm acompanhados de mágoas, de outras pessoas envolvidas e de alguns tropeços no caminho. O importante é a disposição de reconstruir o amor.
Alguns exemplos: Diário de uma Paixão, de Nicholas Sparks e Em Outra Vida, Talvez?, de Taylor Jenkins Reid.
- Namoro de mentira: até acabar se apaixonando de verdade
Eles fingem um relacionamento por conveniência, seja para agradar familiares ou conseguir um emprego. Começam de forma inocente, mas seus corações têm outros planos…
O clichê fake dating é irresistível porque brinca com o desejo proibido, os mal-entendidos e a deliciosa surpresa de um amor inesperado. Geralmente, são casais com muita química e diálogos afiados.
Alguns exemplos: A Hipótese do Amor, de Ali Hazelwood, e Nem Te Conto, de Emily Henry.
- Amizade que vira amor: já estava ali o tempo todo
O clichê friends to lovers é doce e sereno. Acontece toda vez que melhores amigos percebem que a linha entre carinho e paixão era mais tênue do que imaginavam.
Histórias assim nos lembram de que o amor nem sempre é explosivo. Muitas vezes, ele cresce das raízes mais profundas: a amizade, o afeto, a confiança. Quando percebemos, já é tarde: o amor já está lá.
Alguns exemplos: Táticas do Amor, de Sarah Adams, e Eu e Esse Meu Coração, de C.C. Hunter.
Por que nunca cansamos dos clichês românticos?
Porque nos identificamos com eles. Muitas vezes, os clichês são reflexos das emoções que sentimos — ou gostaríamos de sentir.
Amar alguém que nos desafia, reencontrar um amor antigo ou descobrir que o que buscávamos sempre esteve ao nosso lado são experiências que atravessam o tempo e as mais diversas culturas.
Enquanto escritor, você não precisa evitar os clichês, basta saber reinventá-los. Dê a eles novas cores, novos dilemas e nuances que revelem a complexidade dos sentimentos humanos.
No fim das contas, nós, leitores apaixonados, agradecemos!
Aqui na Maçã do Amor, a gente não resiste a uma boa histórias de amor. Nascemos com o propósito de divulgá-las e estamos sempre em busca de autores que queiram ver suas histórias publicadas na nossa revista.
Conta pra gente nos comentários: qual é o seu clichê favorito? ❤️